O Vulcão “Pico Grande”

O Pico do Fogo, ou “Pico Grande”,  e a montanha mais alta de Cabo Verde, um imenso vulcão que atinge 2.829 m, o coração da aldeia Chã das Caldeiras. Localiza-se num planalto de 20 km de perímetro e 9 km de largura, chamado Caldeiras, com paredes conhecidas como Bordeira, percorrível com uma via ferrata, que sobe 2.662 acima do nível do mar.

A cratera principal do vulcão tem uma profundidade de 180 metros e 500 metros de diâmetro e é formada por grossos lençóis de salpicos soldados, camas de escórias, lapilli finos e camas de cinza laminadas de cor do amarelo a cinza.

O enorme caos vulcânico de lavas, materiais piroclásticos e pequenos cones na base do Pico e a Bordeira maravilham pela sua paisagem quase lunar. As lavas do vulcão, ao longo dos anos e várias erupções, deslizaram ladeira abaixo em direção ao mar do sul, parecendo artérias negras e criando plataformas de lava costeiras, como a que vai da baía de Alcatraz até Bombardeiro no concelho de Santa Catarina.

Subir atè acima do cratera do vulcão Pico do Fogo è uma experiência única e maravilhosa, que ofereces aos mais treinados panoramas incrível e toda a percepção da força desta terra, que todos os amantes da montanha e do caminhos irão a gostar demais. 

A subida leva de 3 a 5 horas, por isso é preferível começar a andar de manhã cedo, por volta das 6 – 6:30.

Para descer se pode percorrer o mesmo caminho da subida o escolher uma segunda opção, um percurso mais longo mas imperdível que conduze em fronte do Pico Pequeno, 2023 m, que surgiu depois a erupção de 1995 com cones ainda fumegantes numa paisagem incrível e circundado da vinhas, plantações de tomates, ervas aromáticas e batata.

A não esquecer: muita água porque ao longo do caminho não é encontrada, um pouco de comida em caso de fome, um chapéu e o protetor solar.

Para mais informações: AGTC, Associação Guias Turísticas Chã Das Caldeiras

História da Ilha do Fogo e as suas erupções

Fogo é a única ilha do Arquipélago de Cabo Verde com um histórico recorde de vulcanismo: desde a chegada dos portugueses houve cerca de três dezenas de eventos de erupção.

Durante esse período, a frequência eruptiva variou de um máximo de 10 erupções registadas no século XVII e um mínimo de 2 erupções no século XX.

As últimas erupções em Chã das Caldeiras ocorreram em 1951, 1995 e 2014, na base do vulcão Pico do Fogo, envolvendo a construção de cones de cinzas e o desenvolvimento de fluxos de lava.

Não há registro de perda de vida humana como resultado de atividade eruptiva histórica, mas no entanto, as erupções de 1951, 1995 e 2014 forçaram a evacuação da população da Caldeira.

Após a última erupção do vulcão a comunidade voltou a viver na caldeira, por volta de 500 habitantes, trabalhando principalmente na agricultura e no turismo.

Erupção 1995

Em 1995, o vulcão entrou em erupção a 2 de Abril e permaneceu por um mês e 24 dias despejando lava na Caldeira que destruiu algumas casas e centenas
de plantas, mas sem causar fatalidades.

Algumas das terras mais férteis da localidade foram destruídas durante esses episódios. A cooperativa de vinhos de Boca Fonte foi destruída, o que causou uma perda econômica significativa para Chã das Caldeiras.

Erupção de 2014

A última erupção vulcânica do Fogo teve início a 23 de novembro de 2014 e terminou a 8 de fevereiro de 2015. Destruiu as principais infraestruturas e casas em Chã das Caldeiras.

Seis aberturas eruptivas formaram no lado ocidental do Pico do Fogo e originaram um cone vulcânico com mais de 100 metros de altura.

A lava destruiu as aldeias de Portela e Bangaeira e as pessoas que vivem aqui, cerca de 1300 habitantes, tiveram que ser transferidas para outros locais.

Pico Pequeno

A penúltima erupção, ocorrida em 1995, formou uma nova cratera chamada Pico Pequeno.

Acessível a pé e sem grandes dificuldades através de um caminho linear e suave de cerca de uma hora.

Este adorável trekking permite chegar à cratera, parar aos seus pés e descobrir as muitas e inesperadas cores da lava que se alternam em uma paisagem natural incrível, tocar as pedras ardentes e se surpreender para os sopros de ar quente que vêm diretamente desta terra, vivas e fervorosa.

A não esquecer: muita água porque ao longo do caminho não é encontrada, um pouco de comida em caso de fome, um chapéu e o protetor solar.

Para mais informações: AGTC, Associação Guias Turísticas Chã Das Caldeiras

Bordeira completa

As paredes da Bordeira, com cerca de 1.000 metros de altura, delimitam uma caldeira em forma de hemiciclo localmente chamada “Chã das Caldeiras”, com cerca de 9 km de diâmetro.

Na parte interior da “Bordeira”, o como é conhecida localmente “a escarpa”, observam-se inúmeros filões que em alguns casos são correlacionáveis com cones adventícios no seu exterior.

Na Bordeira è possível fazer esportes radicais como a escalada. Para a visita é sempre aconselhável a presença de um guia turístico. 

Para mais informações: AGTC, Associação Guias Turísticas Chã Das Caldeiras

Ficha técnica:

Início/Fim: Chã das Caldeiras
Distância: 28 km
Duração caminhada no cume: 2 dias
Altitudine: 3100 m – 1560 m dele Via Ferrata (A “bala de prata” de Cabo Verde)!
A não esquecer: muita água porque ao longo do caminho não é encontrada, um pouco de comida em caso de fome, um chapéu e o protetor solar.

Gruta(s) / Canais de Lava

  • Início/Fim: Gruta(s) / Canais de Lava
  • Distância: 2-4 km
  • Duração caminhada: 2-3h
  • Altitude: 100 m

Para mais informações: AGTC, Associação Guias Turísticas Chã Das Caldeiras

Via Ferrata (Roberto)

  • Início/Fim: Via Ferrata (Roberto)
  • Distância: 9 km
  • Duração caminhada: 6h
  • Altitudine: 700 m

Para mais informações: AGTC, Associação Guias Turísticas Chã Das Caldeiras